Todas as sociedades humanas que houve o desenvolvimento passaram pelos bancos escolares, não há como desenvolver-se sem a busca e o aprimoramento do conhecimento sem ter a preservação da cultura e o investimento no desenvolvimento científico desde o ensino fundamental aos centros universitários. Os governantes, dirigentes educacionais, sabedores que são dessa necessidade, porém, o retorno desses investimentos demanda de certo tempo, procuram desviar a atenção para satisfazer seus desejos pessoais. É objetivo da sociedade o ingresso na universidade como passo para conquistar posições que possam trazer alguns privilégios socialmente. Porém há uma frustração, pois, cursar em uma universidade já não significa garantia de sucesso, a situação e o desenvolvimento econômico acabam por definir o status quo de acordo com a situação do país. Os membros administrativos evitam demonstrar a realidade, e tentam a todo custo manter-se no poder contribuindo de maneira substancial para o aumento das desigualdades sociais. A sociedade acadêmica percebeu e está insatisfeita com os rumos que estão tomando as universidades, invés de discutir a política no sentido freireano de politização do cidadão, tenta-se implantar ideologias, formação de especialistas, promovendo o isolamento e não a integração dos conhecimentos, esquecendo que se deve atender a complexidade das relações humanas, procurar desenvolver atividades humanistas para disseminar a universalização do saber, oportunizando a todas as camadas sociais.
Prof. José Carlos Paraguaio
