A FÁBULA DO VENDEDOR DE CACHORRO-QUENTE

*Bruno Marcos Radunz

Seguidamente recebo via internet algumas pérolas que as julgando interessantes, procuro reproduzi-las e transformá-las em texto, fazendo com elas algumas reflexões que podem ser aproveitadas pelos queridos leitores.
Esta estória que vou lhes relatar fala da influência da negatividade em nossas vidas e todo o estrago que o predicativo pode nos causar.
Conta a estória de um homem que vivia na beira de uma estrada, vendendo cachorro-quente. Ele não tinha rádio, TV e nem lia jornais. Preocupava-se em produzir e vender bons cachorros-quentes.
Ele também sabia divulgar como ninguém seu produto: colocava cartazes pela estrada, oferecia em voz alta e o povo comprava.
Ele era uma referência para as pessoas que passavam pelo lugar, que programavam suas saídas de casa para o trabalho ou em viagem para consumirem a iguaria produzida pelo vendedor.
Usava o melhor pão e a melhor salsicha. O negócio, como não podia ser diferente, prosperava. Tanto que ele conseguiu mandar seu filho estudar na melhor faculdade do país.
Só que ele não tinha o hábito de assistir jornais e ouvir rádio, pois levantava cedo e punha-se a organizar o dia de trabalho.
Um dia, seu filho já formado voltou para casa, vendo toda aquela atividade intensa de prospecção e comercialização, falou ao pai:
-Pai, você não ouve rádio, não vê TV. Não lê os jornais? A situação é crítica. O país quebrou.
A crise está braba, pai!
Depois de ouvir isto, o homem pensou: “Meu filho estudou fora, lê jornais, vê TV. Deve estar com a razão.”
E com medo procurou um fornecedor mais barato para o pão e as salsichas. Para economizar, parou de fazer seus cartazes de propaganda. Abatido pela notícia, já não oferecia o seu produto em voz alta.
As vendas, é claro, despencaram até o negócio quebrar.
Então, o pai, muito triste, falou ao filho:
-Você estava certo filho, estamos no pior momento de todos os tempos.
O texto me remete ao tempo de infância, onde sempre ouvia as pessoas e meus familiares falarem: - A crise este ano vai ser grande. Vamos apertar os cintos que vai ser um ano difícil!
E isto já faz mais de quarenta anos!
Confesso que a crise, ela está mais na cabeça das pessoas do que qualquer outro motivo. Existem alguns períodos de instabilidade, é claro, e que não podem ser desprezados, mas em sua maioria, são focos da mídia, com interesse de terceiros que vão se beneficiar da notícia.
A principal crise está dentro das pessoas, que se deixam influenciar por muitas vezes pessoas que pensam negativo, que só tem o negativismo dentro de si, e infelizmente acabam contaminando outras pessoas.
Nada se conquista sem luta e muito esforço. Sem isso, não haveria sentido para a vida. Na dificuldade nós crescemos e nos agigantamos, nos tornamos competitivos e nos tornamos imunes às crises.
Afinal de contas, é na crise que nós temos a oportunidade de mostrarmos nossas qualidades!
Pensem nisso!

*Bruno Marcos Radunz é administrador de empresas, palestrante e escritor.
e-mail: brunoradunz@ibest.com.br
site: WWW.brunoradunz.com.br