*Bruno Marcos Radunz
O homem sempre teve medo de muitas coisas, como a morte, a solidão, a doença, a injustiça e as ameaças metafísicas. Por isso adotou os mitos. O culto aos mitos, revela que antes das religiões e das crenças, o homem dissipou, através deles, a soma de seus medos. O ser humano, por conta de sua finitude e limitação, muitas vezes têm medo de viver, e por conta disto sempre buscou cultuar a memória de heróis, semideuses, demiurgos e guerreiros, vencedores, das ameaças da natureza, nos confrontos com os seres (naturais ou sobrenaturais)...! A mitologia vem de geração em geração se propagando. Não é a toa que os filmes e livros existentes na atualidade sejam permeados pela necessidade de se ter sempre um herói, de se valorizar figuras épicas, mas que representam para as pessoas a soma de todas as suas frustrações e para não dizer, do sonho de ser um dia também um super-herói. E são os livros mais vendidos! Lembro-me de quando criança tinha, assim como meus amiguinhos, tinha a vontade de estar vestido como o Super-homem, Batman, Homem-aranha e outros personagens que cultuávamos e que passávamos horas e horas brincando, se fazendo passar por um deles.
Lembro também de quando íamos ao cinema, vibrávamos quando Tarzan matava um leão ou uma cobra, ou quando pulava num rio infestado de crocodilos, onde submergia e por demorados segundos lutava com os mesmos e emergia, vitorioso, entoando seu tradicional grito, que ecoava pela selva. Também nos filmes de faroeste, vibrávamos quando o mocinho matava o maior número de bandidos possível, sem nunca terminarem as balas do seu revólver. E não é raro vermos nos dias atuais tais comportamentos nas vestimentas das crianças. Talvez mudaram os heróis da época, pois hoje estamos mais na era da computação onde são criados novos heróis com fisionomias cada vez mais distantes da realidade, mas o culto aos heróis não mudou. Em exibição nos cinemas atualmente, O Homem de Ferro 2, onde um rico empresário resolve fazer justiça com as próprias mãos, criando um personagem, graças a sua genialidade que ajuda a combater os malfeitores. E os cinemas registram recordes de bilheteria. Esse culto aos heróis é uma necessidade que todas as pessoas acabam tendo, estimuladas pela mídia, pela força e o poder do consumo. Mas o que de mais importante gostaria de relatar vem a seguir: As pessoas esqueceram-se do maior super-herói que já existiu. De uma pessoa que veio ao mundo para livrar as pessoas do pecado, que veio para trazer paz. Nasceu pobre, numa manjedoura e em sua curta carreira de trinta e poucos anos, ensinou tanto às pessoas. Disse a elas que as amava e que daria sua vida para salvá-las. E Ele aos poucos está sendo deixado de lado. E o resultado de tudo isso são famílias desestruturadas, violência em alta, consumo de drogas, crianças e jovens sem saber o que querem da vida. As pessoas se esqueceram do maior super-herói de todos os tempos. JESUS.
Pensem nisso!
*Bruno Marcos Radunz é administrador de empresas, palestrante e escritor
e-mail: brunoradunz@ibest.com.br site: www.brunoradunz.com.br