Teorizou o desenvolvimento da criança como um processo sócio-histórico, onde o papel da linguagem e da aprendizagem, ou seja, histórico-social, caracteriza a interação do sujeito com o meio que está inserido. Cada criança em seu meio cultural vai elaborando seus próprios conceitos e significados. Esta relação dos conceitos quando expostos significa que houve um processo de internalização, e a função escolar é mediar o conhecimento com o aprendido culturalmente. Uma das questões defendidas por Vigostsky, que o cérebro está desenvolvido biologicamente, ou seja, é a base que define as possibilidades ou limites do desenvolvimento humano, sendo que o meio cultural contribui para o desenvolvimento, significa que a memória, a linguagem quando se apropria do conhecimento externo ficam mais propícios ao desenvolvimento. O homem é um sujeito de conhecimento que quanto mais se relaciona com objetos diferentes mais constroem o conhecimento através das relações com os objetos identificados pela mediação proposta por outros sujeitos, ou seja, o professor. A linguagem qualitativa representa a evolução da espécie humana, vai criando novos conceitos mediados pela ação do sujeito e o objeto de conhecimento, quer dizer, havendo a fusão de novos conhecimentos, teremos novas estruturas que passam a agir no mundo real. A escola deve interferir, mediar o processo ensino-aprendizagem, interrelacionando com o meio cultural.
Prof. José Carlos Paraguaio
